São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995 |
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Segurança do Itamaraty apresenta falhas
ALEXANDRE SECCO
Pela manhã, o repórter entrou pela portaria principal identificando-se como jornalista. Recebeu um passe de livre trânsito apenas para o andar térreo, no prédio principal. Para chegar ao 6º andar do prédio anexo, onde explodiu o livro-bomba e funciona o escritório da diplomata Andréia Rigueira David, bastou ao repórter cruzar um corredor e tomar o elevador. Embora não portasse nenhum tipo de identificação, como um crachá, ninguém o interpelou. No 6º andar, o jornalista entrou na sala de Andréia, cumprimentou os funcionários, sentou-se na sala de espera e folheou revistas. Agora, após o atentado, dois guardas ficam de plantão no local. Um ao lado da sala da diplomata, outro no extremo do corredor. Ambos, com radiocomunicadores, ficam sentados atrás de mesas. A reportagem da Folha permaneceu nesse andar por cerca de 20 minutos (entre 11h10 e 11h30). Ninguém fez perguntas. Depois de circular pelo local, o jornalista visitou praticamente todas as dependências do Itamaraty, sempre sem ser abordado. Segundo a porta-voz do ministério, Vera Machado, a entrada de todas as pessoas é controlada por meio de identificação obrigatória nas portarias. Os visitantes, afirmou Vera, são identificados e só entram depois de receber um cartão magnético que libera o acesso pelas catracas eletrônicas. Além do cartão, as pessoas costumam receber um adesivo para ser colado na roupa, no qual consta o andar que será visitado. As visitas podem carregar pequenos volumes, sem que sejam revistados. ``É um lugar por onde circulam muitas coisas, só existiria algum tipo de revista no caso de um volume muito grande". Texto Anterior: Ex-acusado faz até discurso Próximo Texto: Andréia já pode ir para casa Índice |
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