São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995 |
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Estado vai ter microfilmes de papéis históricos
AURELIANO BIANCARELLI
Na quarta-feira, o Brasil assinou em Lisboa um acordo que permitirá a microfilmagem de cerca de 15 mil documentos do Arquivo Ultramarino sobre Minas Gerais. O embaixador Itamar Franco acionou a máquina que registrou o primeiro fotograma -um alvará real a uma feitoria de Minas. Até o final do ano, cópias desses microfilmes poderão ser consultadas no Arquivo Público de Minas Gerais, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e na Biblioteca Nacional, também no Rio. A microfilmagem vinha sendo negociada há 20 anos. ``A partir desse acordo, documentos de outros Estados também poderão ser microfilmados", diz Esther Caldas Bertoletti, que coordena o projeto de resgate de documentação histórica do Ministério da Cultura. Minas saiu na frente graças ao professor Caio Boschi, que durante quatro anos catalogou os documentos sobre Minas Gerais no Arquivo Ultramarino. O arquivo possui cerca de 300 mil conjuntos de documentos sobre o Brasil. Outros 200 mil papéis estariam espalhados por 40 arquivos públicos e privados. A fundação Vitae, de São Paulo, bancou metade dos R$ 80 mil estimados para a microfilmagem. O próximo Estado a microfilmar os documentos será São Paulo. Em 1954, quando se comemorou o quarto centenário da cidade de São Paulo, foi feito um levantamento da documentação paulista no Arquivo Ultramarino. Documentos como a carta de Pero Vaz de Caminha e outros manuscritos do início do século 16 estão na arquivo da Torre do Tombo, também em Lisboa. Há papéis sobre a história do Brasil em vários arquivos europeus. Na semana passada, foi assinado um segundo acordo entre o Ministério da Justiça -a quem pertence o Arquivo Nacional- e o governo português para a microfilmagem de documentos dos dois países. Texto Anterior: A sociedade e a solidariedade Próximo Texto: Horário de verão começa sábado à meia-noite em 12 Estados e no DF Índice |
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