São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995 |
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Aplicações nos fundos somam R$ 64,8 bi
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Não há ainda números precisos disponíveis. Mas, tendo como base o comportamento da clientela do Unibanco (um banco de varejo, com rede de agências), 85% dos recursos ficaram nos FIFs de curto prazo, 6% nos de 30 dias e 9% nos de 60 dias. ``Eu esperava um percentual em torno de 60% ou 50% para o curto prazo, já levando em conta a concentração dos pagamentos que ocorre em todo início de mês." A concentração, diz, deve tornar os administradores mais conservadores na aplicação do dinheiro (procurar títulos de prazos mais curtos), especialmente nos fundos em que a volatilidade de patrimônio (o dinheiro fica pouco tempo aplicado) for muito acentuada. Sizenando espera, porém, que a ``bolha de curto prazo" seja estourada em 90 a 120 dias (o prazo médio dos depósitos na antiga indústria de fundos) e que, se o Plano Real continuar seguindo o caminho atual, ocorra um alongamento dos prazos. Confirmado esse cenário, os fundos de 60 dias passariam a concentrar a maior parte das aplicações. ``A menos que o brasileiro tenha esquecido seu `quê' de financista e queira jogar rentabilidade pela janela; essa distorção (do dinheiro concentrado no curto prazo) não vai se perpetuar." A Anbid divulgou o retrato do primeiro dia (2 de outubro) em que só os novos fundos passaram a poder receber depósitos. O total aplicado somou R$ 64,8 bilhões. Desses, R$ 38 bilhões foram convertidos em FIFs e outros R$ 26,8 bilhões permaneceram na estrutura antiga -que tem o prazo fatal de 29 de dezembro para mudar. Segundo Sizenando, 90% dos recursos aplicados nos fundos antes de outubro foram convertidos em FIFs de 60 dias (isentos do depósito obrigatório não-remunerado de recursos no Banco Central). Nos três meses que antecederam a mudança na estrutura dos fundos, o setor engordou 25,3%. (JCO) Texto Anterior: Leia a MP e a exposição de motivos Próximo Texto: Consórcios de montadoras devem veículos Índice |
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