São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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Fipe apura inflação de 1,02% em SP

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação voltou a subir em São Paulo. Em média, os preços ficaram 1,02% mais altos para os paulistanos na primeira quadrissemana deste mês, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Em setembro, os preços subiram 0,74%, a menor taxa mensal dos últimos 22 anos. A Fipe divulga toda semana a variação dos preços em São Paulo.
O cálculo sempre leva em consideração a média de preços das últimas quatro semanas, em relação às quatro imediatamente anteriores, o que a Fipe denomina de quadrissemana.
O índice de outubro inicia o mês refletindo aumentos que ocorreram em setembro. Nos cálculos da Fipe, o que mais forçou a alta da taxa foram os aumentos dos combustíveis, de refrigerantes e de cervejas, todos em setembro.
Vestuário também está na lista das maiores pressões. Após nove semanas com queda de preços, o setor teve reajuste médio de 0,33%, uma tendência já esperada devido à chegada às lojas dos produtos da estação primavera-verão.
A inflação de outubro deve sofrer, ainda, o impacto do aumento dos preços dos cigarros. Por isso, Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, refez sua previsão de inflação de outubro para 1,7%, contra 1,5% anteriormente.
O índice mostra também reajustes acima dos anteriores no setor de serviços. Os médicos passaram a cobrar 1,43% a mais, enquanto o item serviços pessoais (barbeiro, alfaiate etc.) subiu 1%. A pressão desses itens acaba neste mês, segundo Heron do Carmo. Para ele, a inflação volta a recuar em novembro e em dezembro.
A inflação da primeira quadrissemana só não foi maior porque alguns itens mantêm tendência de queda em seus reajustes. Os principais foram alimentos e aluguel.

IGP-M
A primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de outubro registrou uma deflação (inflação negativa) de 0,23%. Na primeira prévia de setembro, a deflação fora de 0,34%.
A prévia divulgada ontem é o resultado da pesquisa de preços feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) entre 21 e 30 de setembro.
Os preços no atacado, expressos no IPA (Índice de Preços por Atacado), foram mais uma vez os maiores responsáveis pela deflação, com variação de -0,92%.

Colaborou a Sucursal do Rio

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