São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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Inadimplência leva Brasoft à concordata

DA REPORTAGEM LOCAL

Inadimplência dos clientes e pressão de fornecedores são os motivos alegados pela Brasoft, maior distribuidora de programas de entretenimento para computador do país, para o pedido de concordata encaminhado sexta-feira à 3ª Vara Cível de Poá (40 km a leste de São Paulo).
Segundo Francisco Rubens de Almeida, diretor executivo, as dívidas da Brasoft atingem pouco mais de R$ 3 milhões, inferiores ao patrimônio de R$ 4,5 milhões.
Na origem da inadimplência de parte das 1.200 revendas clientes da Brasoft estão os efeitos das medidas anticonsumo do governo, agravados por estoques elevados, formados a partir do ``boom" de vendas registrado em janeiro.
As vendas desabaram a partir de abril. O faturamento, que em janeiro alcançou US$ 2,5 milhões, caiu para US$ 500 mil em maio, agravando a crise da empresa.
O maior deles, a Microsoft, credora US$ 1,6 milhão, teria pressionado demais para receber. ``Isso nos deixou sem alternativa", diz Francisco Almeida.
Segundo Mauro Muratório Not, diretor-geral da Microsoft, foi proposta a renegociação da dívida, mas a Brasoft não teria apresentado qualquer plano de pagamento. Assim, suas duplicatas foram a protesto, como resguardo legal. ``Em momento algum fechamos a porta à negociação", diz Not.

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