São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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Forman é sócio dos estúdios

DO ``LE MONDE"

A ``nouvelle vague" tcheca foi interrompida muito depressa e é pena porque os filmes dessa época tinham uma certa humanidade. A partir de 1970, os filmes começaram a se tornar brutais, filmes de ação, de sexo, sem interesse para a vida humana.
``Amadeus" é a superprodução norte-americana que os estúdios de Barrandov mais se orgulham. Forman, o exilado, possui, aliás, 5,3% dos estúdios, o que é aparentemente paradoxal e muito compreensível se encontramos, longe do humanismo suave de um Menzel, o homem que hoje está à frente de Barrandov: Vaclay Marhoul, 35 anos, um físico de "golden boy, em jeans e fumando cigarros americanos.
``Eu tinha 15 anos, estava no colégio quando fiz minha opção pelo cinema. Cursei a FAMU, entrei para a Barrandov como assistente de produção, realizei umas quatro dezenas de curtas e médias metragens."
``Era meu sonho de menino, fazer filmes, organizar. Em seguida aconteceu 1989, a revolução dita de `veludo'. Sou contestador e me opus à direção comunista. Fui logo eleito presidente do Comitê Revolucionário, na direção do estúdio, com 29 anos."

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