São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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`Créolité' chega à literatura

CLAUDIO GARON
DO ENVIADO ESPECIAL

A literatura antilhana de expressão francesa é marcada por três grupos importantes.
No primeiro, e mais antigo, estão os brancos guadalupenses, mais próximos da França do que do seu habitat caribenho.
Seu principal autor é Saint-John Perse, Nobel de Literatura de 1960. Nascido Alexis Léger, em 31 de maio de 1887, ele deixou a ilha aos 12 anos e não voltou.
Segundo críticos literários, o autor de "Exil" e "Éloges" deve à sua origem insular muito de sua visão de mundo.
O segundo grupo busca na África as suas raízes. Seu principal representante é o martiniquense Aimé Césaire, que, junto com o senegalês Leopold Senghor, fundou o movimento da negritude.
O terceiro e mais contemporâneo dos grupos busca a sua inspiração na "créolité", o caráter específico da civilização formada pela miscigenação caribenha.
Os principais autores são Patrick Chamoiseau, vencedor do Prêmio Goncourt com "Texaco" (publicado no Brasil pela Companhia das Letras), Maryse Condé, Simone Schwarz-Bart e Édouard Glissant.
(CG)

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