São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995
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Estudante sequestrada é solta após 5 dias

DA REPORTAGEM LOCAL; COLABOROU A FOLHA VALE

Juliana Godinho do Amaral, 18, foi capturada em Maresias e libertada em SP, depois que a família pagou o resgate

A estudante Juliana Godinho do Amaral, 18, foi libertada ontem, às 20h, após passar cinco dias sequestrada. Ela é filha do principal executivo da construtora Andrade Gutierrez em São Paulo, Roberto Figueiredo do Amaral.
A família pagou resgate de R$ 89 mil. Esse foi o 13º sequestro do ano em São Paulo. Juliana disse que quatro homens e uma mulher participaram do sequestro.
A estudante foi solta no shopping Plaza Sul, na avenida Ricardo Jaffet (zona sul). A estudante ligou para casa e falou com o pai.
Amaral e uma equipe da Delegacia Anti-Sequestro foram buscá-la. Juliana havia sido sequestrada no último sábado no balneário de Maresias, em São Sebastião (215 km a leste de São Paulo).
Três homens armados com revólveres invadiram a casa que a família havia alugado na praia. Não usavam máscaras, afirmaram que era um roubo e renderam Juliana, seu irmão Roberto Figueiredo do Amaral Filho, 20, e outros dez amigos que estavam na casa.
Pegaram R$ 300 das vítimas, relógios e levaram Juliana como refém. Ela sempre andava com dois seguranças em São Paulo, que não a acompanharam na praia.
Os sequestradores fugiram em um Gol roubado de um dos amigos de Juliana. O carro foi abandonado em uma praia próxima.
O primeiro telefonema dos sequestradores para a família foi para uma fazenda de Amaral em Bananal (SP) no domingo. Ele não estava. O segundo foi feito para seu telefone celular. Ao todo, foram feitos cinco contatos.
Na segunda-feira, os sequestradores ligaram e pediram R$ 300 mil de resgate. As primeiras ligações foram feitas de orelhões da Praia Grande (litoral sul de SP).
Durante as negociações, a família pediu uma prova de que Juliana estava viva. A família perguntou para os sequestradores qual era o nome do cachorro de Juliana.
A resposta (Whoopi) foi dada, e as negociações continuaram. Dessa vez, os sequestradores usaram orelhões da zona sul de São Paulo.
Anteontem à noite, foi feita a primeira tentativa de pagamento. O dinheiro foi deixado embaixo de um viaduto da rodovia Imigrantes, mas os sequestradores foram procurá-lo em outro viaduto.
Às 9h30 de ontem, a família recebeu mais uma ligação e acertou o pagamento. O dinheiro foi entregue por um funcionário da construtora, às 14h30, no primeiro retorno da rodovia Imigrantes.

Colaborou a Folha Vale

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