São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Sociólogos se reúnem em Caxambu e fazem balanço do 1º ano de FHC
FERNANDO DE BARROS E SILVA
Até sexta-feira à noite, quando se encerra o encontro, cerca de 800 pessoas, entre estudantes, professores e pesquisadores, poderão escolher entre dez conferências, quatro fóruns, 11 mesas-redondas e 25 grupos de trabalho. O custo do encontro deste ano está estimado em torno de R$ 200 mil, segundo Gilberto Velho, presidente da Anpocs e professor titular de Antropologia Social do Museu Nacional, no Rio. A maior parte do dinheiro foi doada por três agências federais de apoio à pesquisa -a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Fernando Henrique, sociólogo, e sua mulher, Ruth Cardoso, antropóloga, foram convidados para o encontro. Disseram que não poderiam participar. Ruth esteve na Anpocs do ano passado. A Anpocs deste ano conta com a presença de oito convidados estrangeiros, um recorde para o encontro. Além do cientista político polonês Adam Przeworski, amigo pessoal de FHC, estará presente o antropólogo britânico Tim Ingold, que discute, com o auxílio das ciências biológicas e do boom da genética, o tema da fronteira entre natureza e cultura. "A tônica talvez ainda seja a ciência política, mas há temas inusitados e pouco discutidos no Brasil, que procuram incorporar as descobertas da biologia e da genética e avaliar seu impacto sobre as ciências sociais", diz o sociólogo Antônio Flávio Pierucci, secretário-executivo da Anpocs e professor da USP. "Fala-se muito na crise das ciências sociais, mas quando os paradigmas são colocados em dúvida é que se vive os momentos mais ricos e criativos. Nosso intuito é fazer um encontro que contemple os problemas contemporâneos", diz o presidente da Anpocs, Gilberto Velho. O sociólogo Florestan Fernandes, morto em agosto deste ano, será homenageado no encontro em mesa-redonda que conta com a presença do crítico literário Antonio Candido e do historiador Francisco Iglésias, entre outros. Texto Anterior: 5,8 % das famílias são invasoras em Campinas Índice |
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