São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governos negociam com União Européia

DENISE CHRISPIM MARIN
ENVIADA ESPECIAL A BARILOCHE

Os governos do México, Chile e Cuba aproveitaram a 5ª Conferência de Cúpula, em Bariloche (Argentina), para estreitar suas relações com o bloco de 15 países que compõem a UE (União Européia).
Esse comportamento foi o mesmo adotado pelos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
Os presidentes desses países participaram de reuniões bilaterais, entre domingo à noite e ontem, com o primeiro-ministro espanhol, Felipe González, que também preside a UE.
As conversas se concentraram nas negociações para o estabelecimento de futuros acordos comerciais com o bloco europeu.
``Creio que teremos o aval da UE nas próximas semanas e que em 1996 poderemos negociar os detalhes dos acordos", afirmou ontem o presidente do México, Ernesto Zedillo.
A expectativa foi confirmada por González, que declarou que tanto a UE quanto os empresários europeus têm interesse em um acordo comercial com o México.
No caso do México, especificamente, as negociações apontam para uma estratégia de diminuição da dependência do Nafta (acordo de livre comércio da América do Norte).
O México é o único país latino-americano a participar do bloco econômico liderado pelos EUA. Mas pretende fazer com que o vínculo não se transforme na subordinação total de sua política externa aos interesses norte-americanos.
Já a estratégia do Chile aponta para a concretização de novos acordos econômicos e políticos com todos os blocos e com países independentes deles.
Segundo o presidente Eduardo Frei, o Chile não deverá optar pela inserção em um dos blocos -nem mesmo no vizinho Mercosul- e esse fato não representa uma ``contradição".
``Vamos continuar trabalhando com a Apec (Associação Econômica dos Países da Ásia e do Pacífico) e com o Mercosul e buscar também os acordos com a UE", declarou.

Texto Anterior: O câmbio e as taxas de juros
Próximo Texto: UE aprova Projeto Atlas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.