São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acusado de matar os pais é preso em SP

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo prendeu ontem o comerciante Constantino Cheretis, 23, após o 1º Tribunal do Júri decretar sua prisão preventiva. Cheretis é acusado de matar a facadas os pais em 6 de fevereiro de 1993 (leia texto ao lado).
Na época, Cheretis havia sido preso em flagrante, mas a Justiça lhe deu o direito de responder ao processo em liberdade. Esse direito foi cassado por ele ter sido acusado de um outro crime: o rapto da estudante Nádia Afif Francis em novembro do ano passado.
Ela teria sido levada por Cheretis quando estava na casa de parentes no Paraná. Nádia teria consentido com o rapto embora sua família fosse contra o romance.
O casal vive junto no Parque São Domingos (zona oeste) e teve um filho, que hoje tem oito meses de idade e que recebeu o mesmo nome do pai do comerciante, Emannuel. A família da estudante foi ao 7º DP para acusar o comerciante e afirmar que ele estava se preparando para deixar o Brasil.
"Eu estava reconstruindo minha vida. Não consegui esquecer a morte de meus pais, mas, quando estou com meu filho e com minha mulher, me sinto reconfortado."
Cheretis assumiu os negócios da família. Cria gado na Bahia, tem serrarias e lojas em Brasília e em São Paulo e imóveis na Grécia. Sem alterar sua voz, o comerciante descreveu o que teria acontecido na época em que ele e Nádia se uniram.
Cheretis foi preso quando chegava à casa de sua sogra, na Lapa (zona oeste de SP). Segundo o delegado Roberto Hellmeíster, 38, houve crime, mesmo a estudante tendo consentido o rapto.
Segundo ele, a família de Nádia temia que as próximas vítimas de Cheretis fossem a mulher e o filho. A prisão de Cheretis foi decretada anteontem a pedido do Ministério Público. "Eu amo minha mulher", disse o comerciante.

Texto Anterior: Promotoria usa reconhecimento
Próximo Texto: Comerciante fez confissão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.