São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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FHC confunde "cumbre" com rumba
BARBARA GANCIA
Semana passada também foi a semana do hit da temporada, a carta-bomba. Não é que a moda do meiabomber pegou mesmo? Não bastasse a carta-bomba do Itamaraty e a "promoter" Alice Carta estar lançando livro e abrindo restaurante, agora deu para explodir carta-bomba até na Áustria. Na Áustria? Pois então, bomba por bomba, também vou estourar a minha. Lá vai: protocolo, sabe-se, foi feito para ser quebrado. Mas o presidente Fernando Henrique não precisava exagerar. Vai ver que o espanhol do presidente não está mais tinindo como nos tempos em que ele morava no Chile. Será que o FHC confundiu "cumbre" -cúpula em espanhol- com "rumba"? Só pode ser. Não é possível que o presidente, um homem tão fino, não saiba que não existe um só banqueiro sério no mundo inteiro que possua um terno claro no armário. Terno claro é coisa de amante latino. E nós, que já não temos uma reputação das dez mais, ainda somos obrigados a engolir essa nova descontração do presidente? Será que ele achou que a "cumbre" era a festa de aniversário do Zé Carioca? Já não bastava ele ter dito a jornalistas, inclusive estrangeiros, que este Brasil veranil é um país "fácil de governar"? É por essas e outras que, na segunda-feira, ao noticiar a tal cúpula, as TVs latino-americanas e a CNN deram um baita espaço para o Fujimori e para o Menem. E esqueceram completamente de mencionar o descontraído presidente tapuia. Texto Anterior: Vazamento de óleo polui 5 km de praias no RN Próximo Texto: Quem avisa amigo é; Geografia nele; Gíria; Bola dentro Índice |
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