São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
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Telesp terá nova rede para transmitir dados

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A DFV Telecomunicações, empresa do Grupo Arbi, vai fornecer à Telesp (Telecomunicações de São Paulo) uma rede dedicada de serviços de comunicações de dados, que vai cobrir 66 municípios do Estado de São Paulo com 141 estações.
O serviço vai custar à Telesp R$ 42,2 milhões e inclui equipamentos de telecomunicações, de energia elétrica, obras civis de infra-estrutura e treinamento de mil técnicos da Telesp. Uma rede dedicada é exclusiva para determinada empresa.
O equipamento é fabricado pela empresa canadense Newbridge e é compatível com o sistema instalado pela Embratel e que já serve São Paulo, segundo o presidente do grupo Arbi, Daniel Birmann. Essa rede foi vendida pela Modata, que pertence ao mesmo grupo.
O objetivo do novo equipamento, segundo o gerente do departamento de comunicações de dados da Telesp, Francisco Neto, é fornecer um serviço melhor do que o atual, com as LPs (linhas privativas), que são terminais ponta-a-ponta ligando as empresas.
O sistema dedicado de comunicação de dados vai levar, provavelmente, segundo Neto, a uma redução de custos do usuário, além de permitir supervisão das linhas, o que não ocorre hoje com as LPs.
Segundo Neto, em dois ou três anos esse sistema estará totalmente implantado. Estão previstas 28 mil portas (ou pontos de instalação). Hoje, há cerca de 80 mil LPs em São Paulo.
Segundo o presidente da DFV Telecomunicações, Hugo Varella, o equipamento tem possibilidades de ampliar em até quatro ou cinco vezes a sua capacidade, no caso de aumentar a necessidade do mercado.

Usuário intensivo
"Não pretendemos trocar todas as linhas privativas para o novo sistema", diz Francisco Neto, afirmando que a rede dedicada é indicada para o sistema bancário e para grandes corporações, que são usuários intensivos de transmissão de dados.
Os bancos e as grandes corporações passarão a ter, com o sistema, uma rede privada de transmissão de dados.
Hoje, essas empresas têm de ter várias LPs, ligando, no caso de bancos, por exemplo, os CPDs (centros de processamento de dados) às agências.
Varella disse que, em uma primeira etapa, serão instaladas 44 estações nos locais que têm maior procura pelo serviço.
A prioridade é para a região metropolitana de São Paulo, Campinas, Santos, Araraquara, Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Bauru. Segundo a Telesp, o serviço estará funcionando em abril.
O projeto deve estar concluído em dois anos. Varella disse que a empresa vai dar treinamento para os funcionários da Telesp durante 18 meses.

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