São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Governo não deve contar com os 8 votos do PPB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O PPB, que apóia o governo no Congresso, resolveu se opor ao Palácio do Planalto na votação do projeto de reforma administrativa na CCJ da Câmara.O partido, que tem oito integrantes na comissão, fechou questão (decidiu votar unido) a favor do parecer do colega de bancada, deputado Prisco Viana (PPB-BA). O líder do PPB na Câmara, Odelmo Leão (MG), ameaçou ontem destituir Talvane Albuquerque (AL) da CCJ por ter dito que votaria contra o parecer de Prisco. Leão chegou a apresentar o requerimento de destituição do deputado alagoano ao presidente da CCJ, Roberto Magalhães (PFL-PE), mas ele não foi aceito por depender de decisão do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). O líder reclama que o governo não dá a devida atenção ao partido, que tem a terceira bancada da Câmara com 81 deputados. "Não participamos das decisões de governo. Vemos o noticiário e constatamos que só PFL, PMDB e PSDB são ouvidos nas reuniões. Queremos ter participação política e não só ser chamados a apoiar o governo em determinadas circunstâncias", queixou-se Leão. Ontem de manhã, durante café da manhã com o presidente Fernando Henrique e lideranças de outros partidos governistas, o líder do PPB no Senado, Epitácio Cafeteira (MA), cobrou maior participação do seu partido no governo. Cafeteira disse que o convite para a reunião o deixou honrado. Isso porque estavam presentes apenas representantes de legendas governistas e ele não considera que o PPB seja uma delas, já que não tem cargos no governo. Segundo relato do senador e de líderes presentes, FHC teria respondido que o PPB não está no governo porque não quer e nunca pediu cargos. Cafeteira reagiu dizendo que era anti-ético pedir cargos e que FHC, como "dono" dos empregos, é que deveria chamar o partido e oferecer a participação. Texto Anterior: Relator divide emenda sobre demissão; votação é adiada Próximo Texto: BC analisa usar dinheiro do compulsório Índice |
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