São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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Governadores fazem pressão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), atendeu ao apelo do presidente Fernando Henrique Cardoso e foi pessoalmente ontem à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para pressionar a favor da aprovação do projeto de reforma administrativa.
Covas ficou durante 40 minutos na reunião da comissão, sentado na primeira fila de cadeiras reservadas aos parlamentares, no lugar ocupado pelo líder do governo na Câmara, deputado federal Luiz Carlos Santos (PMDB-SP).
O governador paulista não falou durante a sessão. Ele considerou sua presença um sinal "suficientemente claro" do seu apoio ao projeto de reforma administrativa.
Albano Franco (Sergipe) foi outro governador do PSDB a transitar pela CCJ, onde tentou, sem sucesso, reverter o voto de Gérson Peres (PPB-PA) contra o governo.
Covas disse que não pediu votos porque os seis representantes do PSDB na CCJ, sobre os quais poderia ter maior influência, já estão a favor do governo. "Como governador, não controlo a bancada paulista", afirmou.
O deputado Vicente Cascione (PTB-SP), um dos integrantes da base governista na CCJ que vota contra o governo, confirmou não ter sido pressionado pelo governador paulista: "Ele é meu amigo e conterrâneo de Santos, mas foi ético. Não me pediu para mudar o voto, até porque não adiantaria".

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