São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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Estreou "Tocaia Grande"? O quê? Então Tocaio Fora!

JOSÉ SIMÃO
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Bomba! Bomba! Macaco Simão Emergência! Saiu o sol. Todas com a xereca na corda. Pra desembolorar a bonita! E olha a manchete do "Diário Popular": "Lindomar Castilho deseja boa sorte pro O. J. Simpson". Rarará! E sabe qual o castigo do pastor Von Helder? Trezentas Ave Marias! Rarará!
E o neo cara-de-pau rides again. Sabe qual o recado do Don Doca FHC pros desempregados? "Aproveita e faz uns cursinhos rápidos". Rarará. Eu sei que o programa é no rádio, mas ele devia passar protetor de cupim na cara. Se ele me pagar uma Sorbonne, eu topo entrar pros desempregados.
E adorei a estréia da Tonia Carrero em "Sangue do Meu Sangue". Empalhada porém impávida. E ela chegou com o ministro da Guerra. Que devia ter o dobro da idade dela. A última guerra que ele travou acho que foi na cama, pra levantar o pingolim. E perdeu. Rarará!
Pior, ela ficou contando do seu marido, o marajá de Rashipur. Que morreu numa explosão de caixinha de música. Rarará. Trash total. Era o último disco da Simone que tava tocando na caixinha de música? Rarará! Porque morrer numa explosão de caixinha de música só se tivesse tocando o último disco da Simone, a Beato Salú!
E Tocaia Grande? Na Manchete. O quê? Novela da Manchete? Tocaio Fora. Rarará! O som é trash. O chiado encobre as palavras. A luz é trash. Só se vê pé de galinha e olheira. Se eu fosse a Tânia Alves eu entrava em cena dando tiro em lâmpada.
E se pé da galinha desse ovo Tocaia Grande virava um omelete! Rarará. E por último, a trash dos trashs: a pacoteira Miss Zélia no Jô! "É possível que tenha morrido gente com o Plano Collor mas a conjuntura econômica". Rarará! Economista pra mim é serial killer! Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza! Quem fica parado é poste. Vai indo que eu não vou!

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