São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Águas e grutas marcam cidade do Amazonas
ANDRÉ MUGGIATI
A mais alta, do Santuário, tem 18 metros de queda e a mais ampla, Natal, 54 metros de largura. Além de desabarem freneticamente, as águas de Presidente Figueiredo formam corredeiras intermináveis, fazendo a festa dos praticantes da canoagem. A região propicia ainda quedas exóticas, como a da Pedra Furada, cuja corredeira atravessa um furo numa rocha e despenca como uma ducha do teto de uma gruta. Atual paraíso de cachoeiras, a região é toda constituída de sedimentos marinhos. Esteve coberta por mar há milhões de anos. As formações rochosas tornam o terreno acidentado e enfeitam as trilhas. Caprichosamente, a natureza esculpiu na cidade a face de um índio em uma rocha e imensos arcos rochosos. As trilhas são ideais para sentir os mistérios da selva amazônica. Sobre as pedras correm centenas de pequenos riachos e abraçam-se as raízes de árvores de mais de 20 metros de altura. É possível ser surpreendido, durante a caminhada, por uma revoada de araras multicoloridas. A prefeitura de Presidente Figueiredo mantém o registro de 30 cachoeiras mais conhecidas, onde se vai acompanhado por guias. Para chegar a algumas delas são necessárias horas de barco e caminhada. Em outras -como a do Santuário e a de Iracema, que estão entre as mais belas-, há acesso de carro. Os que preferem aventura podem sair atrás de quedas-d'água desconhecidas. Só neste ano, quatro cachoeiras foram encontradas. A cidade possui boas opções em hotéis, pousadas e restaurantes. Também começa a se preparar para receber um fluxo maior de turistas com o asfaltamento, nos próximos meses, da estrada que une a cidade a Manaus (AM). Texto Anterior: Pequim lembra a história das dinastias Próximo Texto: Banhos de cachoeira aliviam calor de 40oC Índice |
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