São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995
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Filho de 3 anos acha os pais mortos no Rio

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Um analista de sistemas e sua mulher foram encontrados mortos ontem no apartamento do casal, em Botafogo (zona sul do Rio). A polícia acredita que o analista matou a mulher e depois se matou.
Luís Eduardo de Morais Sá, 38, morreu enforcado com o fio da tomada do ar condicionado. Sua mulher, Geísa Alves Calazans Rego, 32, foi encontrada morta com um líquido branco na boca.
A polícia suspeita de que Sá envenenou Geísa e depois se enforcou. O filho do casal, de 3 anos, encontrou os corpos pela manhã.
A empregada da casa disse à polícia que o garoto a chamou para que ela o ajudasse a acordar Geísa. O menino disse que havia beijado a mãe e que ela não acordava.
Sá estava desempregado havia quatro meses. Geísa trabalhava numa firma de seguros. Parentes do casal contaram à polícia que ele era muito ciumento e andava deprimido por estar desempregado.
O depoimento da empregada ajudou a polícia a reconstituir o caso. Segundo a delegada Denise Figueiredo, ela contou que o casal havia brigado na noite de anteontem. A empregada disse que ficou nervosa e não dormiu bem.
Ouviu quando, de madrugada, Sá andou pela casa, bebeu uísque e preparou um suco para o garoto.
A testemunha disse que o garoto bebeu o suco. A polícia suspeita de que, depois, o veneno tenha sido colocado na bebida.
A empregada disse não ter ouvido novas discussões durante a madrugada. Não havia sinais de luta, o que leva a crer que Geísa tenha sido morta durante o sono.
Uma mamadeira de suco encontrada na casa e líquido retirado da boca de Geísa estão sendo analisados, para que a polícia identifique a substância que a matou.
Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal. O garoto ficou com parentes da mãe.

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