São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo de SP economizaria R$ 8,1 mi com aprovação de teto salarial

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aprovação do teto de R$ 8.500 para os salários dos servidores -um dos pontos da reforma administrativa proposta pelo governo- poderia gerar uma economia mensal de R$ 8,1 milhões somente no Estado de São Paulo.
Entre os servidores paulistas que recebem os altos salários encontram-se juízes, promotores públicos, procuradores do Estado, agentes fiscais de renda, oficiais da Polícia Militar e delegados de polícia.
A fixação do teto salarial foi considerada inconstitucional pelo relator da reforma administrativa na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputado Prisco Viana (PPB-BA).
O parecer do relator -que também é contrário ao fim da estabilidade para os servidores públicos- será votado na próxima terça-feira na CCJ da Câmara.
Na questão do teto, governistas e petistas vão se unir para votar contra o relator. O PT não concorda com a proposta do governo, mas considera necessário aprová-la na CCJ para, depois, tentar modificá-la na comissão especial encarregada de analisar o mérito.

Dados
Os dados de Genoino se referem a apenas sete unidades da Federação. Depois de São Paulo, o Estado que tem a maior concentração de funcionários com altos salários é o Maranhão -2.445, concentrados na administração direta.
No Distrito Federal há 229 marajás, 113 deles enquadrados como auditores tributários. Delegados de polícia, procuradores, assistentes jurídicos são outras carreiras frequentes.
No Piauí, um dos Estados mais pobres do Nordeste, os procuradores autárquicos chegam a ganhar R$ 16,5 mil, quase o dobro do salário do presidente.
Procuradores, defensores públicos, fiscais fazendários e coronéis da Polícia Militar estão entre as categorias mais bem remuneradas.
Em Goiás, até o governador Maguito Vilela (PMDB) ganha mais do que o presidente. Ele, porém, apóia a aprovação da reforma administrativa e a consequente redução de seu salário.
O enxugamento na folha de pagamentos alcançaria ainda outros 153 servidores goianos. Promotores e procuradores são os que aparecem com mais frequência na lista de maiores salários.
Em Tocantins, os altos salários são encontrados no Executivo, Judiciário, Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Procuradoria Geral de Justiça.

Texto Anterior: Extinta, LBA ainda mantém folha salarial
Próximo Texto: Governo do PI cobra compulsório dos salários superiores a R$ 3 mil
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.