São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995 |
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FHC pede ajuda para fazer assentamentos
ESTANISLAU MARIA
O presidente também afirmou ser favorável à reforma agrária em áreas do Exército, "desde que haja disponibilidade de terras e não atrapalhe as ações do Exército". "Nós vamos fazer uma reforma agrária com muita racionalidade, com muito conjunto, uma coisa para valer. Vamos entregar aos Estado e municípios parte da responsabilidade, porque eles fazem mais depressa e com mais eficácia que o governo federal", disse. FHC esteve ontem em Belém para a inauguração da nova fábrica da Alunorte (subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce). Antes da inauguração, ele assinou com o governador Almir Gabriel (PSDB) convênio que criou uma comissão mista para analisar o domínio das terras no Pará. Cerca de 300 manifestantes da CUT e de sindicatos de funcionários públicos fizeram um enterro simbólico do presidente e queimaram um caixão. Não houve confronto com os policiais. A área do Pará é de 1,24 milhão km2. Do total, 84% estão sob domínio da União (terras das Forças Armadas e outras instituições). Essa área equivale a quatro vezes o tamanho de São Paulo (253 mil km2). "Precisamos analisar a área e negociar o que pode ser repassado ao Estado", disse Gabriel. Ontem, em Brasília, em reunião com o senador Roberto Freire (PE) e o deputado Augusto Carvalho (DF), ambos do PPS, o comandante militar do Planalto, general Luciano Casales, afirmou que o Exército não tem terras disponíveis para a reforma agrária. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: BB agiu como banco privado, diz Serra Próximo Texto: Incra exige relatório de assentamentos em MG Índice |
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