São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995 |
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Mãe-de-santo diz que clima está "pesado" na região Para ela, Igreja Universal estimula o conflito religioso ELVIRA LOBATO
Segundo ela, as demais igrejas evangélicas admitem o convívio pacífico de religiões. Diz que seguidores da Igreja Universal gritam "moradia de satanás" e "casa do diabo" quando passam pelo centro umbandista. "Mãe Vanda", como é chamada, vai à Igreja Católica e se confessa com padres, todos os domingos. Os umbandistas, segundo ela, são duplamente discriminados pelos seguidores de Edir Macedo porque veneram os santos católicos, orixás e guias. No centro de "mãe Vanda", o guia Zé Pilintra é venerado como santo. Imagens de Jesus Cristo e de Nossa Senhora também estão presentes no altar junto com outros guias africanos e oferendas para os orixás. Ela conta que foi criada na religião católica e que sua mãe, que também dirige um centro de umbanda, é "filha de Maria". Antes de se tornar mãe-de-santo, Vanda foi membro da igreja Deus é Amor, onde ficou por cinco anos, na esperança de que seu marido abandonasse o vício do alcoolismo. Ela afirma que sua família encontrou o equilíbrio na umbanda. Seu marido deixou o vício e atualmente possui uma serralheria com seis empregados. "Sou feliz. Tenho três casas, um Uno Mille e telefone, comprados com o dinheiro do trabalho de meu marido." (EL) Texto Anterior: Frequentar igrejas de diferentes religiões é comum entre favelados Índice |
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