São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Trabalho informal atinge 55%

DA REPORTAGEM LOCAL

O professor de economia José Pastore afirma que um crescimento econômico contínuo de 5% poderia absorver o contingente de desempregados, que hoje é de 3,5 milhões de trabalhadores no país.
Mais grave, segundo ele, são os 55% da PEA (População Economicamente Ativa) -37 milhões de traballhadores- que estão na informalidade (trabalham sem registro e não têm direitos trabalhistas).
Para Pastore, a saída é a flexibilização das regras trabalhistas e o investimento em educação. “A rigidez da legislação brasileira só atrapalha o trabalhador”, afirma.
O governo gosta dessa tese e pretende colocá-la em prática, mas antes terá de aprovar outras mudanças constitucionais: a reforma da administração pública, da Previdência e a tributária.
Para o diretor-executivo da Fundação Seade, Pedro Paulo Martoni Branco, a saída passa mais pela “proteção inteligente” aos setores expostos à competição internacional e por manter as crianças na escola, evitando o trabalho precoce.
“O programa de renda mínima, que garante um reforço financeiro à família de crianças entre 7 e 14 anos que ficam na escola, é uma boa idéia”, diz Branco. Ele teme que a flexibilização da legislação trabalhista comprometa conquistas e não crie novos empregos.

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