São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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Movimento surgiu nos EUA na década de 70

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O movimento Hare Krishna chegou aos EUA na década de 70, por meio do guru Swami Prabhupãda. Dentre os vários grupos e personalidades que influenciou, destacam-se os Beatles e, principalmente, George Harrison, um grande divulgador dessa filosofia.
No hardcore, a primeira referência vem da banda Cro-Mags, de Nova York, anterior ao Youth of Today, que utilizava imagens de Krishna em seus vídeos.
Desde então, tem despertado o interesse dos garotos amantes do estilo. Com o Shelter, esta simpatia se intensificou.
O colar chamado kant, até pouco tempo restrito aos devotos, já adorna também pescoços de hardcores, straight edges ou não.
Cantar a japa - colar usado para repetir o mantra "Hare Krishna... - também se tornou hábito entre eles: "ajuda a pensar", explica Alexandre Farofa, vocalista das bandas Garage Fuzz e Paura.
Em São Paulo, é comum encontrar hardcores no templo da av. Angélica e devotos nos shows. A identificação vem, principalmente, dos princípios levados pelo Hare Krishna, que envolve o vegetarianismo e a não utilização de drogas, bebida e fumo.
No entanto, a ida ao templo está longe de significar uma "conversão". Os hardcores criticam duramente as posturas dogmáticas que a filosofia assume neste contexto -como a prática sexual apenas no casamento e para gerar filhos- e preferem a leitura dos livros à passiva audição dos cultos.

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