São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Exportadores querem vender mais para UE

DA REPORTAGEM LOCAL

Os exportadores de carne querem que o governo seja mais agressivo nas negociações com a UE (União Européia) em torno da Cota Hilton.
Por meio da Cota Hilton, a UE isenta de impostos aquisições de carne "in natura" nobre.
A carne exportada pela Cota Hilton recebe preços entre US$ 3.500/t e US$ 4.000/t, mais altos que os pagos normalmente.
Segundo Mario Mascitto, diretor-executivo da Abiec (Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes Industrializadas), o Brasil está sendo desfavorecido pela UE, em detrimento do Uruguai e da Argentina.
A fatia brasileira na Cota Hilton é de 5.000 t anuais. Já a Argentina pode exportar 28 mil t e o Uruguai este ano teve sua participação elevada de 5.300 t para 8.300t/ano.
"A UE também poderia elevar nosso volume na Cota Hilton em 2.000 a 3.000 t a curto prazo", afirma.
As exportações brasileiras de carnes devem somar este ano 280 mil t, com queda de 22% sobre o volume de 94, de acordo com projeção da Abiec.
O alto preço do boi derrubou as exportações. A cotação equivale atualmente a US$ 26/arroba, valor superior ao preço histórico de US$ 19, o que diminui a competitividade da carne brasileira.
A Abiec prevê receita de US$ 400 milhões este ano, 23% inferior à cifra de 94.

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