São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995 |
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Senador nega lançamento de nome
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"Eu não lancei nada de jeito nenhum. Sou a favor do princípio de uma reeleição em todos os níveis. Mas o momento político não indica um ambiente para se discutir esse assunto agora", afirmou. Segundo o raciocínio de ACM, as reformas tributária, administrativa e previdenciária são temas polêmicos, que vão dividir bastante as opiniões e criar áreas de atrito para o governo. Nesse clima, diz ACM, as chances de uma reforma constitucional para introduzir a reeleição seriam menores do que depois das eleições municipais do ano que vem. ACM diz que discorda da idéia de que, se a reeleição for discutida durante o mandato de FHC, ela só poderia ser usada pelo seu sucessor: "Assim, a coisa fica sempre adiada". Dez meses FHC disse que não vai participar dessa discussão: "Não vou emitir opinião sobre o assunto (da reeleição) para não ser ser mal-interpretado. Tenho apenas dez meses de governo e não me preocupo com isso". O presidente fez essa declaração durante entrevista coletiva peripatética que deu a repórteres brasileiros no caminho entre o hotel em que estava hospedado, o Intercontinetal, e a sede das Nações Unidas. Ele também afirmou, durante a caminhada, estar confiante na aprovação da proposta governamental de reforma administrativa, hoje, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Beijos FHC contou alguns detalhes da recepção oferecida no domingo à noite pelo presidente Bill Clinton a seus colegas reunidos na ONU. Disse que foi recebido com dois beijos pela primeira-dama Hillary Clinton, que ainda se mostra entusiasmada com a visita que fez ao Brasil. "Acho que, desde o meu primeiro encontro (com Clinton), nosso entendimento pessoal tem sido excelente e só tem melhorado", afirmou. Pescaria Ele se referiu também ao convite que fez ao presidente da Rússia. Boris Ieltsin, para pescar no Pantanal mato-grossense: "Não sei como vou passar três dias pescando com ele", disse brincando. Diante da sugestão de repórteres para providenciar uma encomenda de peixes para não frustrar Ieltsin, FHC disse: "O problema é que não se pode confiar muito em peixe. Eles ficam lá embaixo, mas, na hora de pescar, não vêm. Parecem alguns partidos políticos. Texto Anterior: 'Voto em Fernando Henrique', diz ACM Próximo Texto: FHC pede ações concretas a governantes Índice |
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