São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Sérvios da Bósnia exigem futura força de paz apenas com aliados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O "parlamento" dos sérvios da Bósnia decidiu ontem que a futura federação sérvia dentro do Estado da Bósnia vai aceitar apenas forças de paz da Rússia e de outros países "amigáveis".
Com o fim da guerra, a ONU pretende retirar as suas forças de paz e substituí-las por uma força multinacional sob liderança da Otan (a aliança militar ocidental).
A Rússia resiste em fazer parte dessa força se tiver que ficar subordinada à Otan.
O "parlamento" sérvio, reunido em Bijeljina (nordeste), aprovou também oito pontos para as negociações de paz em Ohio (EUA), a partir do dia 31 de outubro, e seis prioridades para a delimitação de território.
Eles devem pedir uma saída ao mar e o direito de deixar a união com croatas e muçulmanos depois de um ano, por meio de plebiscito.
O cessar-fogo, iniciado há duas semanas, foi respeitado ontem em todo o território bósnio, mas o militar bósnio responsável pelo noroeste do país, Atif Dudakovic, ameaçou com uma possível ofensiva contra Banja Luka (noroeste).
Sérvios e croatas disseram ter chegado a um resultado "positivo" nas negociações sobre a Eslavônia Oriental. Eles marcaram para amanhã novas negociações.
A Eslavônia Oriental é um território no extremo leste da Croácia que é dominado pelos sérvios do país desde 1991. O presidente croata, Franjo Tudjman, ameaça tomar a região à força se as negociações fracassarem. As duas delegações se encontraram em Osijek, na região em disputa.

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