São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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Herzog é homenageado em SP
DA REPORTAGEM LOCAL Vinte anos depois da morte do jornalista Vladimir Herzog, sua viúva, Clarice Herzog, disse ontem que a morte de seu marido foi "um episódio vergonhoso da história brasileira".Herzog morreu torturado em uma dependência do Exército, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975. Para Clarice, sua morte servirá para "conscientizar a sociedade" e evitar que esses fatos se repitam. Clarice conseguiu provar na Justiça que seu marido morreu sob tortura. A decisão foi do juiz Márcio Moraes, três anos após a morte. Mas a União apelou contra a decisão ao então Tribunal Federal de Recursos. Até hoje não houve novo julgamento. "Mas meu objetivo foi cumprido. Está provado para a opinião pública que ele foi assassinado", diz Clarice, socióloga, mãe de dois filhos, um de 27 e outro de 29 anos. Clarice participa hoje de homenagens a Herzog. Os jornalistas de São Paulo fazem à tarde um minuto de silêncio em memória do colega. Texto Anterior: Comissão vota projeto dos desaparecidos Próximo Texto: Camundongo recebe uma orelha humana Índice |
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