São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995
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Wu liga prisão ao Banco Mundial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ativista sino-americano dos direitos humanos Harry Wu acusou o Banco Mundial de ajudar o governo chinês a manter campos de trabalhos forçados. A ajuda seria dada por intermédio de um grande projeto de irrigação.
Segundo ele, pelo menos 21 fazendas-prisões teriam sido beneficiadas com a verba do Banco Mundial, uma entidade ligada à ONU que financia projetos com finalidade social.
Há, pela estimativa de Wu, entre 25 mil e 60 mil pessoas nos campos da região da Bacia do Tarim, próximo à fronteira com o Cazaquistão. O projeto teria como objetivo melhorar as condições de cultivo do algodão e de cereais.
Harry Wu passou 19 anos em prisões chinesas. Ele deixou a cadeia pela última vez em 24 de agosto, quando foi expulso da China após forte pressão do governo norte-americano.
Ele disse não saber se o Banco Mundial -que não se manifestou a respeito- agiu de má-fé. Ele não descarta a hipótese de a China ter escondido da instituição a verdadeira função das fazendas.

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