São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995
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Argentina prende três suspeitos de atentado

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

Três pessoas foram presas ontem em Buenos Aires, suspeitas do disparo que feriu o diplomata iraniano Gholam Ali Rajabi Yazdi, no último dia 21.
Seus nomes não foram divulgados. Mas todas possuíam motos Kawasaki Ninja branca -o mesmo modelo usado pelo homem que disparou contra Yazdi.
Na segunda-feira, a sucursal de Madri (Espanha) da agência de notícias iraniana "Irna" informou que recebeu um telefonema de uma pessoa da comunidade judaica de Buenos Aires. Ela teria assumido a autoria da agressão.
Em Nova York, o porta-voz da chancelaria iraniana, Mahmud Mahoamadi, declarou que "não há dúvidas da participação de Israel".
"Tenha certeza de que Israel condena o atentado", disse o premiê de Israel, Yitzhak Rabin, ao presidente Carlos Menem.
O governo argentino emite opiniões contraditórias sobre o caso. Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Guido Di Tella, afirmou que se tratou de um atentado. O secretário de governo, Eduardo Bauzá, sustentou a versão oficial de que foi um assalto.
A Polícia Federal argentina prendeu ontem, na Província de Entre Rios, mais um suspeito de participar no atentado contra a sede da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 1994.
Trata-se de Sérgio Fernandez, 24. Ele estaria vinculado às atividades ilegais de compra e venda de carros usados, conduzidas por Carlos Alberto Telleldín, o principal detido do caso Amia.

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