São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995
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Juro baixo atrai governadores e prefeitos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decisão do ministro da Fazenda, Pedro Malan, de autorizar empréstimos emergenciais com juros de 2,12% ao mês já fez com que dez governadores e prefeitos batessem nas portas da CEF (Caixa Econômica Federal).
Nesta semana, o governo autorizou Sergipe a obter um empréstimo de R$ 30 milhões. Assim, o total liberado a cinco Estados chega a R$ 160 milhões.
Além dos governadores, mais de 50 prefeitos apresentaram ao Ministério da Fazenda e à CEF pedidos de empréstimos iguais, conforme a Folha apurou.
O custo desses empréstimos é bem inferior aos juros médios de 8% cobrados por bancos privados.
Os governadores de Mato Grosso, Dante de Oliveira, e de Alagoas, Divaldo Suruagy, já assinaram contrato com a CEF. Mato Grosso recebeu um empréstimo de R$ 40 milhões para ser pago até 28 de dezembro. Alagoas teve um empréstimo de R$ 30 milhões para saldar até 31 de janeiro de 1996.

Crédito de risco
Os contratos para os empréstimos de até R$ 40 milhões para o Maranhão e de até R$ 30 milhões para o Piauí estão prontos, mas ainda não foram assinados pelos dois governos estaduais. Nos dois casos, os contratos prevêem que os pagamentos do valor financiado deverão ser feitos até 31 de janeiro de 1996.
A autorização para o empréstimo a Sergipe prevê que o custo será o mesmo fixado para os outros quatro Estados, mas a CEF ainda não sabe de onde vai tirar os recursos para fazer a operação. O dinheiro dos empréstimos deve ser usado basicamente para pagamento de despesas com pessoal.
A Folha apurou que os empréstimos são considerados de risco. Por isso foram adotadas medidas para que o pagamento seja feito. Além do aval do Tesouro Nacional, os Estados deram como garantia os repasses que recebem do governo federal.

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