São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
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Parmalat se irrita e recusa as explicações de treinador
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
O treinador, que foi insistentemente vaiado pela torcida palmeirense, saiu do estádio sem dar satisfações a ninguém. Segundo Silva, ele decidiu ir embora imediatamente após o jogo, porque estava "descontrolado" com os xingamentos e poderia falar "besteiras" para a imprensa. O treinador argumentou também que sua função termina quando o juiz apita o final do jogo. Não satisfeito com as explicações de Silva, o diretor de esportes da Parmalat, José Carlos Brunoro, marcou uma reunião para ontem à noite com o treinador e a diretoria do Palmeiras. "Vamos conversar com ele para saber exatamente o que aconteceu. Ficamos sem entender nada", disse Brunoro. Segundo Vicenzo Roma, um dos diretores da Parmalat, o treinador deve dar outras explicações aos dirigentes. "Não podemos aceitar que ele diga que o trabalho de um técnico acaba quando o juiz termina o jogo", afirmou Roma. "É obrigação de um técnico explicar a atuação do time. Não é um ato profissional você simplesmente se mandar e não falar nada", reclamou. "Com certeza, ele teve outros motivos, ainda não revelados, para fazer o que fez." Segundo Roma, o problema de demitir o técnico é o fato de a Parmalat ser contrária às constantes mudanças no comando do time. "O técnico do Parma (Névio Scala) está há seis anos no cargo", lembrou. As explicações de Silva foram dadas ao diretor de futebol do Palmeiras, Alberto Strufaldi, e divulgadas pela imprensa. Ao contrário de Brunoro e Roma, Strufaldi havia aceito, pela manhã, os argumentos apresentados pelo treinador. "Se ele estava tão nervoso, foi melhor que saísse logo do estádio para não tumultuar o ambiente", disse Strufaldi. Seraphim Del Grande, vice-presidente de futebol, que criticou o comportamento de Silva, também participaria da reunião. Texto Anterior: Hipócritas Próximo Texto: Silva diz ter apoio do time Índice |
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