São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995
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Lillian Witte Fibe muda estilo para apresentar o "Jornal Nacional"

DA SUCURSAL DO RIO

Lillian Witte Fibe muda estilo para apresentar o "Jornal Nacional"
A jornalista Lillian Witte Fibe, 42, estreou no "Jornal Nacional" há dois dias e trouxe de volta a discussão sobre mudanças no perfil do principal telejornal da Rede Globo.
Âncora do "Jornal da Globo", onde edita, lê e comenta as notícias, Lillian é estranha ao estilo do "JN", cujos apresentadores apenas anunciam as reportagens e fazem a locução dos textos previamente escritos.
Ela fica no "Jornal Nacional" até o final de novembro, cobrindo as férias de Sérgio Chapelin.
A própria Lillian diz que os dois telejornais são muito diferentes e que, "a princípio", não fará comentários no "Jornal Nacional".
Aos 22 anos de carreira, 13 deles em televisão, a apresentadora chegou a deixar a Globo em função de um convite para apresentar o jornal da noite do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT.
Sobre sua convocação, agora, para apresentar o principal telejornal da Globo ao lado do veterano Cid Moreira, ela disse que ficou surpresa e ansiosa. Lillian falou à Folha antes da estréia no novo programa:

Folha - Lillian Witte Fibe vai levar para o "Jornal Nacional" o estilo do Jornal da Globo?
Lillian - A princípio, não. No "Jornal da Globo" eu editava, comentava, mas aqui quem manda é o editor-chefe. Ele decide o que vai para o ar. Aqui o meu papel é complementar, só vou ler as notícias. Se depois vai haver mudanças, não sei.
Folha - E o que parece mais interessante, narrar as notícias ou ancorar o jornal?
Lillian - Isso não estou preparada para responder, mal cheguei aqui. São duas coisas completamente diferentes na essência. Estou aqui até o final de novembro e depois volto para o "Jornal da Globo".
Folha - Como foi o convite para substituir Sérgio Chapelin?
Lillian - Uma surpresa. Foi tudo super rápido, assim como uma convocação. Me chamaram, disseram, olha, vamos lá, estamos te esperando, e eu não tive nem tempo de pensar.
Folha - E qual a expectativa da estréia no "JN", ao lado de Cid Moreira?
Lillian - Estou ansiosa, morrendo de medo. Por enquanto, é tudo o que eu posso dizer, porque não sei mesmo como vai ser.
Folha - Uma mulher no "JN" é um avanço na Globo?
Lillian - Não sou a primeira mulher, a Valéria Monteiro já apresentou aos sábados. Eu também sou interina. Acho até que é uma questão machista falar em homem ou mulher, isso tanto faz. O que interessa é que seja um bom profissional, que saiba o que está fazendo.
Folha - Em que a mudança para o Rio mexe com a sua vida familiar?
Lillian - Tenho dois filhos adolescentes. Falei com eles preocupada, mas eles até me deram uma esnobada: "Ah, você vem pra casa na sexta-feira? Então tá bom, mãe.". O medo deles é que eu chegue lá querendo dar ordens depois de uma semana de liberdade. Mas eu vou morrer de saudade.

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