São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Bolsa e peso mexicano têm recuperação
FLAVIO CASTELLOTTI
Já o dólar interbancário, para operações de grande volume, teve recuo de 20 centavos (2,7%), fechando a 7,09 novos pesos, informou o Banco do México. Informações extra-oficiais indicam que a instituição interveio no mercado para baixar a cotação da moeda norte-americana. A Bolsa fechou com alta de 2,7%, recuperando-se parcialmente da queda de 7% acumulada durante a semana. Segundo analistas, a decisão do Judiciário de liberar o líder do EZLN (Exército Zapatista de Liberação Nacional) contribuiu para a recuperação dos mercados. A prisão do "comandante" Germán havia causado intranquilidade nos investidores, pois o EZLN ameaçava retomar a guerrilha em Chiapas (sul do México). Em Nova York, porém, as ações de empresas mexicanas continuaram em baixa. Na quinta-feira, haviam caído 50 pontos e ontem caíram mais nove. O Ministério da Fazenda emitiu comunicado, afirmando que o nervosismo dos mercados financeiros é "estritamente passageiro" e se deve, em grande parte, à queda de todos os importantes mercados do mundo. "O México se encontra em situação totalmente diferente da do início do ano", diz o ministério, com objetivo de diferenciar o atual "nervosismo" da possibilidade de uma nova megacrise mexicana. O documento destaca que o país reverteu seu déficit na balança comercial e que o desemprego já mostra sinais de recuperação. Para os investidores, porém, a situação ainda é crítica. As empresas estão apresentando seus balanços referentes ao terceiro trimestre e os resultados não são nada animadores. "A recuperação do setor real está distante e o sistema financeiro não possui a solidez desejada. Esses são fatores que desalentam o investidor", disse o economista Roberto Blum. Para Blum, a falta de uma política econômica clara para 1996 é outro elemento que está preocupando os investidores. Texto Anterior: Analistas temem efeito Argentina Próximo Texto: Indústria deve investir US$ 4 bilhões no Rio Índice |
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