São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995
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Itália condena ex-premiê Craxi e mais 23 em escândalo de corrupção

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um tribunal de Milão (norte da Itália) condenou ontem a quatro anos de prisão o ex-premiê socialista Bettino Craxi e a oito meses o líder do partido federalista Liga Norte, Umberto Rossi.
O ex-primeiro-ministro democrata-cristão Arnaldo Forlani foi condenado a dois anos e quatro meses no mesmo caso.
O julgamento, que começou em julho de 1994, refere-se ao pagamento de US$ 94 milhões feito pelo grupo industrial Ferruzi a partidos políticos, principalmente o Partido Socialista, de Craxi.
A empresa teria oferecido dinheiro em troca de favores e de ter menos prejuízos durante a dissolução da empresa química Enimont, que o grupo tinha em associação com o governo.
Craxi está morando na Tunísia há dois anos e já foi condenado em outros casos de corrupção.
Os veredictos são sujeitos a apelação. O ex-chanceler Gianni de Michelis e o ex-ministro da Justiça Claudio Martelli, do governo de Craxi, também foram condenados. Executivos da empresa também tiveram suas penas determinadas. No total, os condenados foram 24.
O atual premiê da Itália, Lamberto Dini, disse ontem que pode ficar até meados do ano que vem no poder. Anteontem, ele havia prometido aos comunistas que sairia antes do final do ano.
Dini sobreviveu anteontem a um voto de desconfiança depois que os comunistas decidiram não votar contra ele.
O premiê anunciou reunião da União Européia em junho de 1996 em sua cidade natal, Florença.

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