São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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Empresária começou como "office girl"

Mesmo começando na empresa da família, a consultora e empresária de moda Costanza Pascolato, 56, não teve moleza.
Seu primeiro emprego foi aos 15 anos, como "office girl" da tecelagem dos pais, a Santa Constância.
"Eles achavam que a gente tinha de começar fazendo de tudo. Então fui primeiro 'office girl', depois mexi nos arquivos e vendi pano no balcão. Até ser secretária de uma secretária do meu pai", conta.
Outra demonstração de que não era fácil trabalhar com os pais é que Costanza era obrigada a pegar ônibus, enquanto eles iam à empresa de carro.
"Passavam na minha frente e falavam tchau. E eu esperava ônibus para ir para o mesmo lugar", conta. Logo na primeira função, sentiu discriminação por ser mulher.
"Meu pai se esqueceu de assinar carteira para mim. Assinou para o meu irmão e não para mim. Achou que eu era mulher, sei lá."
"Trabalhava interna e externamente. Eles me obrigaram a fazer datilografia, o que foi ótimo", afirma. "Ganhava salário mínimo. Só sei que gastava tudo em sapato."
Mas nem só de discriminação ela viveu nos primeiros dias de trabalho. "Levava cada cantada." A mais original, para ela, foi de um cliente que a convidou para tomar chá dizendo que tinha um presente.
"Era uma caixa com uma estola de vison. Achei horrível."

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