São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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Instituições aprendem equilibrar receita e despesa
MILTON GAMEZ
"As instituições dependiam muito dos ganhos indiretos obtidos com a inflação. Hoje, têm de cobrar tarifas pelos serviços que prestam e, por isso, precisam dominar tecnologias de apuração de custos" diz Adalberto de Moraes Schettert, vice-presidente do Unibanco. Nos últimos meses, o Unibanco e outros bancos locais têm sido assediados por especialistas estrangeiros em controle de custos. Antes da queda da inflação, isso não acontecia. Schettert reuniu-se recentemente com consultores de fora, como o americano Joseph Roosevelt, da Price Waterhouse. Na bagagem, Roosevelt -que visitou diversas instituições brasileiras na semana passada- trouxe modernas tecnologias de gestão de custos em economias com baixa inflação. "Os bancos não podem apenas conhecer suas despesas operacionais, eles têm de entendê-las" afirma Roosevelt. Segundo ele, os bancos brasileiros já têm know-how para apurar custos diretos de alguns serviços (como talões de cheques, por exemplo), mas ainda precisam aprender a estimar os custos indiretos, que representam 60% das despesas operacionais dos bancos. Com o ABC (sigla para custos baseados na atividade), explica, os bancos podem apurar o quanto uma despesa de telecomunicação influi no custo de um serviço como saque no caixa automático. Nesse campo, Schettert admite que não foi pego de surpresa pelo "expert" norte-americano. O Unibanco, diz, já pratica o ABC há muito tempo. Outro consultor que vem vender tecnologia de estabilidade é William Turner, vice-presidente da americana A.T. Kearney Management Consultants. Ele participa, hoje, do seminário sobre sistema financeiro, em São Paulo. (MG) Texto Anterior: Estabilidade leva bancos a "importar" executivos Próximo Texto: Indústria alemã chega por meio da Febral Índice |
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