São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995 |
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Suspense foi digno de Agatha Christie
MARIANA SCALZO
Na trama, Abreu mesclou 13 mortes com histórias de amor e doses de humor, como manda a receita de um bom folhetim. Para incrementar a novela, que causou polêmica nas últimas semanas, a emissora não mediu esforços. As cenas de "flashback" que remontaram a morte de Giggio de Angelis (Carlos Eduardo Dollabela), em festa chinesa num iate no Guarujá em 1968, foram produzidas com efeitos especiais que faziam as testemunhas, depois de darem seu depoimento sobre o episódio, mergulharem de volta na cena do crime. Assim, Abreu e o diretor, Jorge Fernando, conseguiram reconstruir, através do relato de Francesca (Thereza Rachel), a cena da morte que gerou os assassinatos. O detetive Olavo (Paulo Betti) completou o clima, reunindo os envolvidos na mansão dos Ferreto e mostrando suas conclusões. Esses elementos criaram suspense digno do capítulo final dos livros de Agatha Christie, quando o detetive belga Hercule Poirot reúne os envolvidos, decifra os mistérios e aponta o assassino. Abreu escorregou em alguns momentos, quando, por exemplo, Giggio diz a Francesca que ela só ficaria com "aquele moleque borra-botas depois de ele morrer, referindo-se a Marcelo Rossi (José Wilker). Cenas depois, Filomena (Aracy Balabanian) afirma que Giggio nunca havia se preocupado com o caso de Francesca e Marcelo, o que o incomodava era o relacionamento da mulher com Adalberto. Não faltou, claro, o final feliz com casamento -de Diego (Marcos Frota) e Irene (Viviane Pasmanter)- e casais de namorados fazendo planos. Texto Anterior: Fãs fazem plantão na porta da Globo Próximo Texto: Palpite de ACM estava certo Índice |
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