São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995 |
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Articulações não preocupam
DA AGÊNCIA FOLHA O coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro, disse que as articulações entre fazendeiros e dissidentes dos sem-terra no Pontal do Paranapanema "não preocupam o movimento".Para ele, Germano Florentino Pereira "é o tipo de lúmpen que é expulso do movimento por não se adequar à disciplina interna". Lúmpen é um conceito político usado para identificar as pessoas que não pertencem a qualquer organização social e que não se dedicam a nenhuma atividade socialmente produtiva. O coordenador do MST afirmou que Pereira foi expulso do acampamento "porque andou fazendo coisas que não se permitem a um sem-terra organizado". Sobre o "socialismo de Rainha", Mauro disse que o MST propõe o trabalho de forma associada "por entender que o pequeno produtor não tem condições de sobreviver, se isolado, dentro das relações de produção do sistema capitalista". "A associação é uma forma capitalista de o pequeno ter força para conseguir competir com aqueles produtores mais tecnologia. Como podem falar que isso é socialismo?", indagou. Segundo ele, nos assentamentos de sem-terra convivem vários métodos de produção, do individual ao coletivo, "pois não existe imposição do MST porque cada um deve escolher a forma de produzir". Texto Anterior: Dissidência do MST se alia a fazendeiros Próximo Texto: Graziano vai a festa de novo assessor petista Índice |
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