São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Produção de grãos cresce 7,5% na safra 95

FÁBIO ZANINI e FÁBIO GUIBU

FÁBIO ZANINI; FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA

Impulsionada pelo aumento na produtividade e pela facilidade de crédito para plantio no início do Plano Real, a safra de grãos de 1995 na Bahia foi 7,5% maior que a do ano passado.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foram colhidos cerca de 2,1 milhões de toneladas de milho, soja, arroz e feijão, mais que o 1,95 milhão produzido em 94.
No caso da soja, responsável por quase metade da produção de grãos, o aumento chegou a 25%.
Segundo Cássio Otsuki, da cooperativa agrícola da região de Barreiras -maior produtora de soja do Estado, localizada 900 km a oeste de Salvador-, a colheita cresceu, mas os custos de produção subiram 30% em média.
"A queda na demanda internacional derrubou o valor da saca para cerca de R$ 7. Para falar em lucro, ela deveria ser vendida pelo menos a R$ 10", declarou.
Segundo Josiel Alves de Morais, supervisor de pesquisas agropecuárias do IBGE na Bahia, a queda na produção no próximo ano é estimada em 20% a 30%.
Pernambuco
A Secretaria de Agricultura de Pernambuco prevê uma queda de 9% na safra de grãos neste ano em relação à do ano passado.
A estimativa é de que em 95 sejam colhidas 330 mil t de milho e 340 mil t de feijão.
Mesmo com a queda, a produção seria superior à média das últimas dez safras, de 259 mil t para o milho e 267 mil t para o feijão.
No ano passado, Pernambuco atingiu um recorde de produção ao colher 357 mil t de milho e 382 mil t de feijão.
A produção de grãos no Estado é suficiente para abastecer apenas 30% do mercado local.
Para o secretário de Agricultura, José Geraldo Eugênio, a queda na produção está associada principalmente à falta de chuva no sertão.

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