São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995 |
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Zerbini mistura pop e influências clássicas Pintor prepara disco para lançar até o fim de 95 FERNANDA DA ESCÓCIA
"Durante muito tempo, fugi do retrato porque achava difícil. Fazia retrato dos amigos, mas era de fato uma coisa entre amigos". Aos 35 anos de idade, Zerbini não conta seu tempo de carreira. Ele afirma ter começado a pintar desde criança. Já fez capas de discos, trabalhos com eucatex e expôs em vários países. Zerbini é paulistano, casado com a atriz Regina Casé e pai de Benedita. Prepara agora um novo projeto com amigos: uma banda, o Chelpa Ferro. O grupo está gravando um disco que deve ser lançado até o final do ano, pelo selo "Rock it". A seguir, os principais trechos da entrevista de Luiz Zerbini à Folha. (Fernanda da Escóssia) Folha- Como você se autodefine artisticamente? Luiz Zerbini - Sou um artista pop, em tudo o que isso significa. Vejo no meu trabalho um cruzamento de influências que incluem dos clássicos até a comunicação de massa, todos os estilos. Gosto muito do Diego Rivera, do Jean Michel Basquiat e, claro, de Andy Warhol. Nessas mulheres do quadro, vejo até Di Cavalcanti, que não tem nada de pop. Folha- Você ficou satisfeito com o resultado dos retratos? Luiz Zerbini - Gostei muito. Acho que foi uma maneira de mostrar as pessoas, não só o rosto delas, mas o modo como elas vivem. Todos, especialmente esse sobre a capa do disco do Jimi Hendrix, são na verdade retratos de artistas da minha geração e suas múltiplas influências. Folha- Você adotou definitivamente o Rio? Luiz Zerbini - Não tenho vontade de voltar para São Paulo. Vim para cá há 13 anos e gostei muito. Em todas as cidades vejo essa paranóia de violência que há aqui, mas não vejo nenhuma cidade com essa beleza. Texto Anterior: Livros iluminam busca humana Próximo Texto: Pinturas citam os trabalhos dos retratados Índice |
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