São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995
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Governistas adiam "rolo compressor"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), transferiu para depois do feriado de 15 de novembro a votação do projeto que restringe a atuação da oposição nas votações.
Luís Eduardo e o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), pretendem reunir os líderes dos partidos que apóiam o governo para traçar uma estratégia de votação.
O próprio Luís Eduardo está procurando os deputados do PFL para pedir votos a favor da mudança no Regimento Interno (normas de funcionamento da Câmara).
O projeto da Mesa da Câmara passa um rolo compressor sobre a oposição. Ele limita a atuação das minorias na Câmara que estejam contra a proposta do governo e facilita a aprovação da reforma constitucional sem alterações.
A proposta impede que os partidos de oposição, ou a minoria que estiver contra o projeto, peçam votações em separado de parte das propostas sem o consentimento da maioria dos deputados.
Como o governo tem maioria, a mudança restringe a atuação da oposição. "Seremos impedidos de participar do processo legislativo", diz José Genoino (PT-SP).
Governo
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que o governo não tem qualquer participação na mudança do regimento interno da Câmara dos Deputados. "Essa é uma questão da dinâmica do Congresso Nacional. É um assunto dos líderes, não do governo", disse Amaral.
Segundo ele, o presidente Fernando Henrique não orientou as lideranças para que façam a alteração. "Eles compreendem a mecânica do Congresso", afirmou.

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