São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995
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Construtora critica ação da PM

DA REPORTAGEM LOCAL

Marcelo Moraes, 30, um dos donos da construtora Mobel, responsável pela obra no Morumbi, afirmou ontem que a PM agiu de forma precipitada no desfecho da tentativa de assalto.
"Eles (policiais) poderiam ter esperado um pouco mais. Cedo ou tarde os assaltantes cederiam", afirmou Moraes, que esteve ontem no canteiro de obras e passou o dia cuidando da liberação dos corpos dos operários mortos.
Segundo ele, a empresa vai pagar todas as despesas, com transporte e o enterro, às famílias dos dois operários.
O corpo de João Correia de Lima Sobrinho, que era oficial de ferreiro e ganhava cerca de R$ 300,00 por mês, vai ser embarcado hoje pela manhã, em Cumbica, para Teresina (PI), onde moram seus familiares.
Sobrinho era casado e tinha um filho, que também estava com ele em São Paulo e trabalhava em uma construção próxima à do pai.
O ajudante Osmar Moura Nascimento, que ganhava cerca de R$ 240,00, vai ser enterrado hoje em um cemitério de São Bernardo do Campo (na Grande São Paulo). A família de Nascimento mora na Paraíba, mas preferiu enterrado o corpo em São Bernardo.
Os dois operários mortos moravam no próprio canteiro de obras.

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