São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995 |
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Estado pode começar a parar nos EUA na 3ª
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"Não se pode colocar um revólver na cabeça do presidente para forçá-lo a agir como a oposição quer. Isso é uma forma de terrorismo", disse o chefe do gabinete civil da Casa Branca, Leon Panetta. "Em vez de negociar com o Congresso, o presidente prefere se engajar numa estéril batalha de relações públicas", respondeu o presidente da Câmara, Newt Gingrich, do Partido Republicano. O governo dos EUA já vem operando com verbas provisórias desde 1º de outubro, quando o orçamento deste ano fiscal deveria entrar em vigor. O Congresso já aprovou a extensão das verbas provisórias até 1º de dezembro. Mas o presidente Bill Clinton ameaça vetar essa autorização, o que paralisaria parte das atividades do governo dia 14. Desde 1981, essa situação já ocorreu nove vezes, a mais recente delas em 1990, quando o governo federal não funcionou por três dias (um sábado, um domingo e uma segunda-feira). Mais grave é que na semana que vem o governo tem que fazer pagamento de juros no valor de US$ 25 bilhões e, sem autorização do Congresso, não poderá fazê-lo. Um possível calote do governo federal está sendo interpretado por diversas autoridades, entre as quais o presidente do Federal Reserve (banco central), Alan Greenspan, como muito grave. O secretário do Tesouro diz que o governo dispõe de verbas em fundos de emergência que podem manter o governo funcionando durante mais algumas semanas. Em princípio, cerca de 800 mil dos 2 milhões de funcionários federais começam a não receber na terça-feira se não houver acordo. Governo e oposição divergem sobre quanto deve se gastar em previdência neste ano fiscal e como estruturar a receita fiscal da administração federal no período. Texto Anterior: Previdência diz que há limite Próximo Texto: Banqueiro aprova incorporação Índice |
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