São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995 |
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Governador manda investigar
MÔNICA SANTANNA; JOSÉ MASCHIO
"Se houver culpados, serão responsabilizados", afirmou o governador. Lerner lamentou que o conflito tenha ocorrido no Paraná. "Foi injusto ocorrer no Estado que saiu na frente com um programa para assentamento dos sem-terra", disse Lerner. O programa Vila Rural, lançado por ele, prevê o assentamento de sem-terra em terrenos de até 5.000 metros quadrados, com casas de aproximadamente 40 metros quadrados. Lerner disse que não houve erro na ação. "A PM foi provocada. Por isso, determinei o inquérito." O secretário de Segurança Pública do Paraná, Cândido Martins de Oliveira, assumiu a culpa pelo conflito na fazenda Saudade. "Se tem um pecador nessa história, o pecador sou eu", declarou o secretário Oliveira. Infiltração O governador do Paraná, Jaime Lerner (PDT), disse ontem que "gente com know-how" em invasões, vinda das regiões da divisa do Paraná com São Paulo, estava infiltrada entre os sem-terra de Santa Isabel. "Tenho informação de que também um ex-PM expulso da corporação há dez anos por tráfico de drogas organizou a movimentação", afirmou. Ireno Alves dos Santos, do MST, disse que a acusação não tem cabimento. Segundo ele, Edilson Aparecido Peixoto, o acusado, é assentado na fazenda Pontal do Tigre, em Querência do Norte (extremo noroeste do PR) desde 1988 e estava no acampamento para "dar apoio, solidariedade". Alves disse que Peixoto "nunca deu problema no assentamento e não vai ser o secretário ou a polícia que irá difamá-lo". (Mônica Santanna e José Maschio) Texto Anterior: Portugal tem culto invadido Próximo Texto: Onze continuam hospitalizados Índice |
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