São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995 |
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Piloto bate a 200 km/h e fica em coma na Austrália
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Ele está internado na UTI (unidade de terapia intensiva) do Royal Hospital, em Adelaide. Seu estado de saúde é considerado "grave mas estável". O piloto da McLaren sofreu ferimentos na cabeça e possíveis lesões neurológicas, segundo Sid Watkins, médico da FIA. "Os exames realizados não deixam claro a extensão dessa lesões. E uma melhor avaliação só será possível nos próximos dias", disse Watkins. Treze minutos após o início da sessão, Hakkinen fazia sua primeira volta rápida. Na "Brewery Corner", a curva mais rápida do circuito, o pneu traseiro esquerdo de seu McLaren estourou devido a um detrito na pista. O carro saiu de traseira, bateu contra uma zebra muito elevada e decolou em direção a uma área de escape, a cerca de 200 km/h. Depois de dar um giro no ar, se espatifou de lado contra um muro protegido por barreira formado com uma única fila de pneus. O finlandês foi atendido por 15 minutos dentro do próprio carro. Os médicos optaram por uma traqueostomia, incisão feita na traquéia para permitir a respiração. Logo depois, Hakkinen foi transferido de ambulância para o hospital. O treino recomeçou, após 40 minutos de interrupção. Na UTI, o piloto está sendo mantido sob sedativos, uma espécie de coma "induzido", para proteger seu cérebro das lesões. Tratamento semelhante foi feito com o austríaco Karl Wendlinger, da Sauber, após acidente em treino no GP de Mônaco no ano passado. Após várias semanas, Wendlinger foi sendo reanimado paulatinamente, em um processo que acabou bem sucedido. A McLaren anunciou que análise da telemetria do carro apontou para o problema no pneu traseiro. Segundo a equipe inglesa, não houve problema mecânico. A Goodyear, que fornece pneus para todos os times da categoria, confirmou que detectou furos em pneus traseiros utilizados ontem. Com agências internacionais Texto Anterior: Promotor do caso sai em 2 dias Próximo Texto: Berger critica médicos e FIA Índice |
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