São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Linguachula faz show no Centro Cultural

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Linguachula foi o último grupo a produzir um disco pelo selo Banguela. O show de lançamento é amanhã, às 18h30, no Centro Cultural Vergueiro (r. Vergueiro, 1.000)
Formada em Campinas há três anos, Linguachula se identifica com a geração paulista da década de 80. "Tem a ver com o punk da época", explica o guitarrista Dê, 30.
Acertando as contas com as influências, a banda convidou Rosália, ex-vocalista da banda punk Mercenárias, para participar das gravações.
O disco, que tem o nome da banda, traz ainda participação dos Raimundos, citações de Caetano Veloso, Charles Bukowski e duas músicas vertidas da poesia de Augusto dos Anjos.
Foi grande o risco de o álbum morrer engavetado, nos momentos finais do selo Banguela. O selo, que lançou o grupo Raimundos, foi encerrado há três meses, para ressurgir, com nova estrutura, como Excelente Discos.
O impasse foi resolvido quando a Warner, que distribuía os discos do Banguela, resolveu apostar nos campineiros.
Destaque nos festivais Juntatribo, Superdemo e BHRIF, Linguachula se projetou por calibrar percussão de samba, guitarras fortes e letras eróticas.
O nome saiu da fixação pornográfica da banda. Mas, de forma curiosa para quem elege o erotismo como tema favorito, não há palavrões em "Linguachula". "Os Mamonas Assassinas têm uma língua muito mais chula do que a nossa", diz o baterista Marcelo, 23.

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