São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Escola agrícola do interior pode ser extinta

LUIZ MALAVOLTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOTUCATU

Uma escola de 1º grau que ensina técnicas de agricultura e economia doméstica a 80 filhos de bóias-frias pode ser desativada em Botucatu (225 km a noroeste de São Paulo) no final do ano.
Ela é financiada pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e administrada pelo Sindicato Rural da cidade.
O presidente do Senar paulista, Fábio Meirelles, afirmou que o projeto será extinto em 31 de dezembro. "Isso é normal, porque estaremos encerrando o exercício. Ele pode ser reativado em 1996 se o Sindicato Rural de Botucatu enviar o projeto, orçando custos e dando objetivos", declara.
Para o presidente do Sindicato Rural, João Baptista Cioffi, 80, a situação não é fácil de resolver.
"Levei 15 anos para implantar esse projeto e todos os convênios anteriores demoraram meses para ser viabilizados", afirma.
A experiência em Botucatu começou no ano passado, na escola estadual Trajano Pupo Neto.
Ela funciona no prédio de uma antiga estação ferroviária dentro da fazenda Lageado, centro de pesquisas agropecuárias da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
São 80 alunos, 40 meninos e 40 meninas, de 7 a 14 anos de idade. O Senar investiu, segundo Cioffi, R$ 120 mil em 1995 nesse projeto.
As aulas vão de segunda a sexta. Das 7h às 12h, as crianças têm as matérias normais de 1º grau, como português, matemática e conhecimentos gerais. Das 13h às 16h, as aulas são sobre técnicas de agricultura e economia doméstica.
As crianças aprendem a cultivar hortas, produzir mudas, preparar adubo orgânico, criar frangos, codornas e cabras, culinária, costura e artesanato.

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