São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Panamby desperta região 'esquecida' de SP

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma área de 715 mil m2, 35 edifícios residenciais, 12 comerciais, um hotel padrão cinco estrelas e um parque assinado por Roberto Burle Marx, o Bairro Panamby deve despertar o "lado errado" das margens do rio Pinheiros, na zona sul de São Paulo.
O desenvolvimento desse projeto envolve sete construtoras e foi viabilizado pela formação de um fundo de investimentos imobiliários no valor de R$ 67,2 milhões -o maior lançado até agora no país (leia texto na pág. 9-7).
"O lado errado" é como o analista de mercado Paul Weeks, da Bolsa de Imóveis de São Paulo, chama a margem esquerda do Rio Pinheiros, sentido bairro-centro.
Essa região não acompanhou o desenvolvimento imobiliário da margem oposta, onde estão as avenidas das Nações Unidas e Engenheiro Luiz Carlos Berrini.
Segundo a Bolsa de Imóveis, as duas avenidas concentraram mais de 50% dos edifícios de escritório lançados na capital paulista em 95.
O Bairro Panamby pode levar a outra margem a repetir esse sucesso. Nos próximos cinco anos, serão realizados diversos lançamentos imobiliários na região.
A construtora Birmann, por exemplo, pretende lançar oito edifícios residenciais e sete comerciais no Bairro Panamby.
Já a Gafisa vai construir um condomínio fechado com 15 edifícios -o Villaggio di Panamby.
"É uma aposta arriscada", diz o consultor João Freire D'Ávilla, da Amaral d'Ávilla Engenharia de Avaliações. Mas ele afirma que as ambições do projeto podem garantir o seu sucesso. "O Panamby tem tudo para se transformar em um cartão postal da cidade."
Paul Weeks se mostra mais reticente, ao menos em relação aos edifícios comerciais. "A região vai se valorizar como zona residencial. Quanto aos prédios comerciais, ainda não dá para avaliar a reação do mercado."
Roberto Perroni, gerente de negócios da Birmann, aposta na preservação da área verde para garantir o sucesso do empreendimento.
Os edifícios ficarão ao lado dos 138 mil m2 do Parque Burle Marx, doado à prefeitura pelo fundo de investimentos imobiliários que detém a posse do terreno.
Até agora, só foi lançado um edifício no Bairro Panamby. É o Chácara Tangará, da Birmann, com apartamentos de quatro quartos, 225 m2 e preços a partir de R$ 260 mil. Seus 40 apartamentos foram vendidos em dois dias.

LEIA MAIS
sobre o Bairro Panamby nas págs. 9-3 e 9-7

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