São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Novo tipo de aplicação viabiliza projeto

DA REPORTAGEM LOCAL

O Bairro Panamby vai se tornar realidade graças a uma aplicação financeira que ainda é pouco comum no mercado: um fundo de investimentos imobiliários.
Criada em janeiro de 94, essa nova aplicação permite que um investidor aplique seu dinheiro no mercado imobiliário, tornando-se sócio de um empreendimento por meio da compra de cotas.
Essas cotas podem ser negociadas nas Bolsas de Valores ou diretamente a um novo comprador.
Foi assim que o grupo Bunge y Born conseguiu vender o terreno de 715 mil m2 em que será construído o Bairro Panamby.
Com os bancos Brascan e Bradesco, o Bunge y Born formou em março deste ano um fundo de investimentos imobiliários no valor de R$ 67,2 milhões.
Os fundos de pensão Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (da Petrobrás) e Valia (da Vale do Rio Doce) adquiriram 67% das cotas.
Os restantes 33% ficaram com o Bradesco e a própria Bunge y Born ou foram negociados com outros investidores.
O retorno do investimento dos aplicadores virá da venda de lotes do terreno para construtoras e incorporadoras, que construirão os empreendimentos imobiliários.
Segundo o vice-presidente do grupo Brascan, Arthur Parkinson, até outubro foi vendida 75% da área do terreno. Os participantes do fundo receberão uma participação de cerca de 20% das vendas dos futuros empreendimentos.
Parkinson estima que os aplicadores poderão receber até R$ 240 milhões como rendimento pelos R$ 67,2 milhões que pagaram em março pelas cotas do fundo, o maior já lançado no país.
Ele deve ser superado em dezembro, quando o Banco Schahin Cury vai lançar o fundo "Brasil 500" para financiar a construção de um complexo de turismo e lazer em Paulínia (120 km a noroeste de SP). O "Brasil 500" deve atingir R$ 150 milhões.

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