São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Projeto gerou escândalo em 89

DA REPORTAGEM LOCAL

Na época de seu lançamento, em 1989, o Projeto Panamby ganhou notoriedade por ter sido o pivô de um escândalo eleitoral envolvendo a campanha de Luís Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.
O então vice-prefeito de São Paulo, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), foi acusado de exigir NCz$ 1,3 milhão (cruzados, moeda de circulação à época, cerca de US$ 30 mil) da construtora Lubeca, responsável pelo empreendimento, em troca da aprovação do projeto.
A acusação foi feita por Paulo Cézar Argente, um ex-funcionário da Lubeca. Ele disse que o dinheiro iria para a campanha de Lula.
A acusação foi encampada pelo então candidato do PSD, Ronaldo Caiado, que pediu providências à Justiça Eleitoral.
Greenhalgh negou as acusações. Em dezembro, depois que Lula havia perdido a eleição para Fernando Collor de Mello (PRN), o TSE inocentou o PT da acusação.
Mas o escândalo paralisou o Projeto Panamby, que só foi retomado em setembro de 1993, quando o prefeito Paulo Maluf (PPR) autorizou a execução do projeto.
A Lubeca, então, já havia mudado seu nome para Panamby Empreendimentos Imobiliários.
A empresa integra o grupo Bunge y Born, maior multinacional da Argentina, e é responsável pela administração do Centro Empresarial de São Paulo, que fica ao lado do projeto Panamby.

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